quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

(Des)Arrumações

Estou farta de fazer malas, desfazer malas, arrumar tudo, desarrumar tudo. Desde Julho que ando nesta brincadeira de casas de bonecas, e parece que está para durar (por favor, que não tenha que mudar de casa tão depressa, preciso de pelo menos um ano para estabilizar). Em Julho, por motivos de força maior, regressei a casa dos meus pais, toda uma vida mudada para um outro local. Malas, malinhas, sacos de todas as cores e feitios, caixas, caixinhas e caixotes cheios até não poder mais foram embalados, amassados, apertados e transportados freneticamente. Obviamente que a coisa não durou muito tempo, em Setembro decido mudar de casa... novamente a mesma brincadeira, ainda que em proporções menos estrondosas, que sou pessoa de fazer as coisas com muitaaaaa calma, uma coisinha de cada vez. No final de Setembro mudei-me para a Alemanha, o cabo dos trabalhos para meter os bens essenciais para três meses em duas malinhas piquenas!!! Em Dezembro volto para Portugal, trabalheira ainda maior para colocar os bens essenciais levados, mais os bens essenciais adquiridos (foi preciso recorrer a ajuda germânica para fechar as malas). Malinhas desfeitas em casa dos papás, porque é Natal, porque há meses que não me punham a vista em cima. Duas semanas depois, voltar a fazer malas e a adquirir bens para voltar para Évora. Já não há paciência! Por entre estas mudanças, não referi sequer as malas feitas às custas e uma semana no Algarve e outra semana em casa de uma amiga, que me despenderam ainda umas valentes horas a escolher os tais bens indispensáveis para a sobrevivência feminina. Já tenho planos para viagens em Maio, mas sinceramente, se até lá isto não mudar, vou ter que conjecturar um plano eficaz! Do tipo, ter sempre uma mala feita com roupa e restantes acessórios importantes para quando uma pessoa muda de casa definitiva ou temporariamente. Farta de malas! Agora quero estar sossegadinha uns tempos, pode ser? 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Praia Paradisíaca

O QUE EU PRECISAVA DISTO! Tenho a certeza que voltava muito mais preparada para enfrentar dissabores, dilemas e outras coisas que tais!

imagem: http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=1262

De volta (à criseeeee) !!!

Passados 3 meses de aventuras e desaventuras, amores e desamores, 3 meses de pura magia e felicidade, o invólucro alemão em que estive protegida rebentou. Dia 18 de Dezembro, muito a custo, por entre abraços, palavras saudosistas, lágrimas e barras de Kinder Chocolate, lá apanhei o comboio para Munique, e depois o voo Lufthansa para Lisboa. Mal pus os pézinhos em território nacional, ainda meio estremunhada das horas passadas a voar, entre um beijinho de bem-vinda de volta e ter tempo de me habituar novamente a ouvir falar português, começam a falar-me da CRISE! Que o Passos Coelho nos quer ver pelas costas (em sentido figurado, claro está), que não há trabalho, que não há dinheiro, que não vale a pena estudar, que o melhor é emigrar, que bla bla bla e fiquei triste. Fiquei triste não só por mim, que estava de volta depois de viver o sonho alemão, mas por todos os portugueses. Enquanto estive fora fiz questão de promover o nosso país, de promover o nosso povo, falei das pessoas simpáticas que somos, da comida maravilhosa que fazemos, do mar, do fado, do futebol, da beleza da terra e das pessoas, da riqueza da nosso língua e da nossa cultura! Mesmo quando me começavam a falar da Espanha, ou da crise que atravessamos, eu continuava acima de tudo a manifestar o nosso lado bom e o orgulho que tinha nisso, não mascarando uma realidade negra, mas mostrando o outro lado da moeda. E chegar aqui, ver todo este povo mergulhado nesta tristeza, nesta agonia, nesta vontade de desistir, nesta falta de esperança, partiu-me o coração.
Neste momento também eu estou em crise, novamente sem trabalho, com contas para pagar e sem vontadinha nenhuma de continuar o meu maravilhoso mestrado (mas já está quase no final, agora é bola para a frente)! E posso dizer, que quando deixei terras germânicas, eu sabia desta minha triste condição, sabia o que me esperava, mas acima de tudo vinha com determinação e esperança de que alguma coisa se havia de arranjar, porque sempre se arranjou, e já passei por muitas situações de crise. Mas chegada cá, parte dessa determinação e esperança foi abalroada pelo pessimismo, pela descrença de muitas e muitas pessoas. Pessoas que não acreditam que eu posso arranjar um miserável trabalho que me sustente ao final do mês, pessoas que não acreditam que coisas lixadas podem acontecer mas podemos dar a volta por cima, pessoas que choram a minha desgraça mais do que eu. Por natureza, sou um ser humano bastante empático, e talvez por isso, às vezes me deixe afectar/ contaminar por esse pessimismo instaurado em Portugal, até nas camadas mais jovens. Falo-vos de um pessimismo de pessoas na casa dos 25 anos, pessoas que apesar de tudo, deviam estar no auge dos seus sonhos, no auge da esperança e da determinação, do acreditar e do conquistar novas coisas a vários níveis (isso é saudável) . É grave e preocupante que esta geração já se sinta miserável, impedida de sonhar tão cedo. Eu compreendo que de facto estamos na merda! Mas caramba, somos seres humanos supostamente capazes de desenvolver competências pessoais, de nos adaptar, de crescer, de evoluir... e podemos fazer isso em momentos de crise. Aliás, por vezes tempos de crise (mesmo de crise pessoal), são óptimos momentos de mudança, rampas de lançamento para algo novo e que pode até demonstrar-se  como algo positivo. Concerteza há quem considere que isto são palavras ao vento, e palavras destas não pagam dívidas ao final do mês. É verdade. Mas tristezas também não pagam dívidas e entre ser uma pobre coitada infeliz, posso desfrutar de ser uma pobre coitada esperançosa e disposta a lutar por alguma coisa.

PS: uma coisa que me afligiu, o aumento de preços associados aos serviços de saúde!!!!! (não esquecer deixar de ser hipocondríaca: mudar de vício!!!)

sábado, 26 de novembro de 2011

Coitado do chefe!

Bem... afinal a coisa não correu assim tão mal, foi DIVERTIDO e o chefe até foi ... vá ... assim a tender para o relativamente normal, com uns laivos de simpatia. :) De manhã acordei uma pilha de nervos, à beira de um ataque de pânico (literalmente), enfiei-lhe uma dose extra de ansioliticos (eu só faço isto em SOS URGENTE, passo a redundância), mas teve mesmo que ser ... e afinal... foi 5 estrelas (ou então foi só o efeito dos comprimidos). Bebi litros de café... estou eléctrica ... digamos que não tive um dia nada saudável, mas ao menos foi bastante animado. Coitado do chefe ;) Alguém com vontade de matar a subordinada??? :)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bah!!! O chefe e os eventos pirosos!

Hoje foi um dia daqueles, vou ter uma noite demasiado curta, porque amanhã tenho outro dia daqueles. Há dias em que compreendo porque há quem queira matar o chefe ... já me estou a imaginar a dar uma desculpa esfarrapada para me surripar daqueles eventos chaaaatooooos que só eles. E aqui ando eu, perdida num país gelado, com pessoas que não regulam bem da cabeça a tentar equilibrar a minha vida. Coisa difícil... a sério, muito difícil mesmo. Ajudem-me a matar o chefe, amanhã às 9horas. Combinado? Já não há paciência para tanto show e tanta farsa. Se calhar amanhã estou com enxaquecas, pena que tenho sempre receio que a coisa aconteça mesmo e ter enxaquecas é algo aterrador, não se brinca com coisas sérias ... mas a minha saúde mental é uma coisa bastante séria ... só mais uma vez: ajudem-me a matar o chefe!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Qualquer coisa "parva" que se sente

Canso-me de dizer a mim mesma que contos de fadas não existem. No entanto, inconscientemente continuo a acreditar tão verdadeiramente, quanto ingenuamente neles. Resultado, gostaria imenso de vos dizer que sim senhora, afinal vale mesmo a pena acreditar, que mais cedo ou mais tarde algo lindo e maravilhoso, o vosso sonho mais cor-de-rosa se realiza. Pois, tretas. Por vezes, cada vez mais, gostava de ter uma pedra, melhor, um pedragulho, no lugar do coração de modo a não poder sentir, a não poder nutrir qualquer sentimento perto do designado amor, paixão, desejo por um outro alguém não correspondido. E não me venham com historiazinhas do tempo da carochinha e da Cinderela. Um não bem grande e redondo é aquilo que vos consigo dizer. Quando a dor nos atola até a alma e nos consome as profundezas  do ser , penso que temos liberdade e legitimidade para dizer o que agora escrevo: uma pedra  no lugar do coração é o que desejo. Não procuro ser uma insensivel, um ser frio e desalmado. Quero continuar a ter piedade, a sentir a dor dos outros, a emocionar-me com coisas simples, a deixar que o mundo, as pessoas, a natureza signifiquem algo
 para mim. Mas aquele amor passional, erracional, descontrolado, louco, que queima, que dói, que mata, que nos deixa loucos entre a vontade de agir e o medo de estragar tudo (o que nem sequer
começou, nem sequer existe, por vezes), esse sentimento eu não quero mais.  Um problema meu, não sei lidar com ele admito, não se tenho ou não culpas no cartório, talvez, quem sabe. Mas sei que tal sentimento não me pode trazer mais nada de bom, neste momento sei, sim eu sei, que a mim, tal sentimento apenas me pode destruir mais e mais. Sei, porque aprendi, porque tenho marcas, que nada de novo pode advir de algo assim, adolescente e improvável.

sábado, 8 de outubro de 2011

Coisas Acontecem!

A vida dá mil voltas quando menos esperamos. Às vezes achamos não ter nada, corremos em busca de algo, desesperadamente, fechando os olhos aos nossos medos, quebrando regras, porque precisamos de mais, merecemos mais e nada acontece, nada parece mover-se na direcção do nosso sucesso. Então de repente coisas acontecem, coisas muito significativas, filas de coisas correm na nossa direcção e para quem em tempos apenas queria UMA coisa, agora tem a dificil tarefa de dizer não a muitas. Tomei decisões, empreendi projectos ambiciosos e significativos para mim mesma, não olhando ao ganho material, mas sobretudo ao ganho pessoal e profissional. Foi esta a minha aposta, com muitas palavras optimistas de muita gente. Obrigada ao mundo. Não está a ser fácil, mas pelo menos tive a oportunidade de escolher e de poder crescer, mesmo de uma forma inesperada. :)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Zara´s que podem vir cá pra casa!

  
 
 
 
 

Estado Neurótico III - TPM

Não sei se já se sentiram assim, (e aqui refiro-me às mulheres), aqueles dias péssimos, com dores de ovários, com vontade de comer tudo e mais alguma coisa para duas horas depois ter uma vontade absurda de vomitar enquanto somos invadidas por suores frios. Aqueles dias em que só apetece ouvir música triste, música clássica, música melosa, ver filmes melosos, pseudo-românticos e depois chorar baba e ranho indefinidamente. Aqueles dias em que achamos que afinal somos umas tristes, umas inúteis, porque temos mil decisões para tomar, cada uma mais importante que a outra a nos sentimos acabadas, de rastos, incapazes de reagir e responder adequadamente. Aqueles dias em que ao mínimo atrito as lágrimas caiem dos olhos copiosamente, por entre soluços e ranho, só porque alguém disse qualquer coisa meio bruta, ou meio lixada. Aqueles dias horríveis. Pois bem, para uma neurótica, SER MULHER NÃO É FÁCIL! É todo um turbilhão de hormonas a saltitar, a quererem falar, manifestar-se, comunicar, mostrar-se ao mundo e eu sem controlo nenhum sobre as selvagens. As ligações aos amigos são o que safa a coisa, lá me aguentam, me distraem, me trazem a mim novamente. Mas tais ligações não duram para sempre, ou pelo menos, não tanto como o maldito TPM, TDM I e TDM II (Tensão Pré-Menstrual, Tensão Durante e Tensão Depois). A sério que isto me mata, não conseguem abranger a vontadinha de chorar de 5 em 5 minutos sabe-se lá porquê. Uma pessoa já tem mil problemas à perna, ainda vem este todos os meses para piorar gigantescamente toda e qualquer situação. E engane-se quem achava que isto do TPM é uma desculpa feminina para tudo e para nada, pois meus amigos isto é REAL. E dói muito, e massacra muito e acredito que seja responsável por muitos e tristes divórcios, relações que podiam dar certo, almas-gémeas separadas por este inimigo sem escrúpulos, este libertador de hormonas desumano. Ai, como é difícil. Vou ali buscar mais um maço de lenços,a tesourinha para cortar os pulsos e um filme ranhoso para chorar. Até já!  

Daniel em Alta!

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Pouca televisão vejo. Sou uma pessoa mais de séries e filmes no PC, livros e outras leituras na net. No entanto, ao Sábado criei o hábito de quando estou em casa dos meus pais, ligar a TV e assistir ao Alta Definição, na SIC. Pois bem, como uma máquina industrial de produção de lágrimas que sou, muito já me emocionei ao ver tal programa. O formato do programa não é totalmente novo, no entanto o Daniel consegue  tornar um programa que podia apenas ser mais um, num programa único, sobre pessoas, sobre o lado bom, o lado menos bom de pessoas como nós. Confesso que fiquei surpresa tantas vezes com pessoas que via nos ecrãs, de terminar o programa e achá-las mais pessoas de carne e osso, chegar mesmo a admirá-las. A culpa disto é do Daniel, tem um jeito enorme para lidar com as pessoas, para as colocar à vontade, é extremamente empático e profissional, trata todos os entrevistados com um respeito enorme e isso é bonito. É uma pessoa que até à data não se deixou contagiar pela fama fácil, pelo sucesso, continua a fazer brilhantemente o seu trabalho um dia após o outro e está de parabéns. E a prova de que aquilo que digo é real está nos comentários que dezenas de entrevistados pelo Daniel fizeram. Já pensei se o Daniel não daria um óptimo psicólogo, é fantástico a navegar nos sentimentos e pensamentos das pessoas, conduz na perfeição um diálogo rico e coerente com o outro, pára no momento certo em momentos e ideias chave... é de facto um óptimo profissional. Parabéns Daniel!

"Querido" Sr. Jardim:

Sr. Jardim says: "Nem páro com as obras, nem vou afastar ninguém da função pública"

Neurótica says: Claro que não Sr. Jardim. Eu não sei se já se apercebeu que por aqui (no contenente) andamos todos com uma mão à frente e outra atrás a tentar resolver uma crise que é de todos. E acho que o todos também inclui a Madeira... e se calhar neste momento o Sr. Jardim não está em condições, tendo em conta o actual estado da Madeira, de vir mandar "postas de pescada" com a eterna mania do "Eu quero, posso e mando". Já é altura dos sacrifícios serem feitos por todos! Bem sei que os madeirenses nutrem por este senhor grande admiração e simpatia, não ponho em causa o interesse dela pela Madeira mas sejamos honestos: se a Madeira é Portugal para o bom, é Portugal também quando o navio está a ir abaixo e todos precisamos reunir forças para não afundarmos. Cá para mim o Sr. em questão anda a deixar-se iludir com as fantasias de Carnaval que exibe todos os anos, a ideia de grandeza deve estar a surtir um efeito megalómano e não está bem a ver que isto não é só flores, foguetes e fatiotas brilhantes. Eu acho bem que alguém faça este senhor perceber que a coisa não está para brincadeiras e muito menos para birras infantis.   

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mango - Coisinhas que podiam vir morar no meu armário!

   

Greys




E pronto... como se pode constatar continuo a ver a Anatomia... hoje vi este ep. e é impossível para quem segue a serie não se desmanchar em lágrimas, sobretudo efeito da música. Eu gosto da Callie, espero que ela não morra!

Do incompreensível II

Não sou grande fã de generalizações, não costumo cair muito nelas e não aprecio frases do género: "Ah e tal mas é por estas e por outras que o país está como está, que não vai para a frente!" Mas raios partam se hoje não tenho vontade de gritar isto aos sete ventos, de ir para a varanda e gritar perante o olhar estupefacto ou divertido dos transeuntes:  é por estas e por outras que o país está como está, que não vai para a frente!!!!!! Não o vou fazer. Vou apenas reprimir esta vontade que às vezes abre a torneira das lágrimas e o saco da raiva e farto-me de pensar:  é por estas e por outras que o país está como está, que não vai para a frente!!!!! Enfim, uma pessoa paga os olhos da cara para que nos possam orientar, ajudar, esclarecer, tirar dúvidas, apoiar ... e depois quando realmente precisamos ninguém nos responde aos e-mails, nem às mensagens, os telefones são a despachar porque se está muito ocupado, metade desse tempo é gasto a tentar situar a pessoa que nos atende de quem somos, o que fazemos e qual o papel dela para connosco. Durante esse tempo de conversa é-nos lembrado que a culpa de tudo é nossa, as decisões a tomar são nossas, as consequências são nossas e daqui eu lavo as minhas mãos...! Durante tal telefonema só consegui pronunciar algo do tipo: mas... mas... está a fazer confusão... sou eu... preciso só de um feedback... mas... mas... isso não é o meu trabalho é o da colega... pois eu liguei mas estava de férias lembra-se... mas.. mas... pode responder amanhã POR FAVOR? Pois nada de respostas, a minha vida continua caótica, e parece que eu sou a única a preocupar-se com isso (pudera!), mas neste momento não está nas minhas mãos. E isto irrita-me, o controlo da minha vida neste momento foge-me das mãos. E só sei que dentro de uma semana terei que decidir estar em Portugal ou na Alemanha. É só isso!!!! É por estas e por outras que o país está como está, que não vai para a frente!!! 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do incompreensível

09:30h - "Queria marcar uma consulta de ginecologia para hoje, por favor."
              - "Esteja cá por volta das 15h"

15h (Local: Tórrida Évora) - "Venho para a consulta de ginecologia."
       - " A médica está de férias, hoje só o enfermeiro mas não é possível fazer exames, volte para a semana"

PS: NÃO ERA POSSÍVEL DAREM-ME TAL INFORMAÇÃO QUANDO MARQUEI A CONSULTA E ASSIM EVITAVAM QUE ME DESFIZESSE EM ÁGUA PERANTE A CAMINHADA TÓRRIDA QUE FIZ PARA ME DESLOCAR A UMA CONSULTA QUE DESDE SEMPRE SABIAM QUE NÃO IA EXISTIR??? OBRIGADINHA, TÁÁÁÁÁ???!!!

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu quero estes!! Sff ..

Da nova colecção Pull and Bear 2011, gosto sobretudo do calçado! Aqui ficam os preferidos (não por ordem de preferência. Faço anos no próximo mês :)

           

 

 

CupCakes ...! Essa coisa irresistível ...!

cupcakes vilamoura algarve portugal vilamoura
Agora ando numa vontade incontrolável de experimentar destes bolinhos. A moda parece que pegou e em quase todo o lado é possível encontrá-los. A minha irmã bem lhes resiste convencendo-se a si mesma que são apenas madalenas ensonsas com um creme calórico à base de quilos de açúcar. Ela até pode ter razão, mas os olhos também comem e quando me deparo com aquelas obras de arte (sobretudo se forem de chocolate), convenço-me de que, sejam ou não uns míseros queques, eu adoro aquilo e a vontade de lhes dar uma trinca não desaparece. Continuo a gostar muito destes bolinhos e gosto sobretudo da imaginação fantástica com que são decorados e reinventados tantas vezes. Até agora fiquei fã do Água na Boca (Vilamoura)... é de perder o fôlego.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estado Neurótico II

Só para dizer que por aqui continua tudo igual a ontem, a parte boa é que não está pior que ontem e faço questão de levar isso em consideração. Aimmm ...! Nunca ninguém me avisou que isto iria ser assim (ou se calhar avisaram mas resolvi não prestar atenção). Eu aqui cheia de vontade ... e nada acontece! Que raiva! Bah ... Aguardo por boas, óptimas notícias amanhã. Espero consegui-las ... caso contrário o dia de amanhã será pior que o de hoje. E eu não preciso disso para rigorosamente N A D A! Avizinham-se tempos difíceis, de decisões, de passos em frente independentemente do que se atravessar no caminho! Passos em frente, é melhor comprar já stock ilimitado de lenços de papel folha dupla!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estado Neurótico

Não entendo. E juro que queria entender, porque queria ser assim também. Ter a capacidade de aguardar tranquilamente por Boas notícias, de manter a esperança e o optimismo, de acreditar em mim e nas minhas capacidades, de acreditar no lado bom da vida, nas surpresas positivas que nos reserva. Eu queria muito ser assim, seria certamente uma pessoa menos nervosinha, menos acelerada, menos preocupada, menos "doente"! Mas não consigo, já tentei e não sou capaz. Temo sempre o pior, preocupo-me com coisas que só acontecerão daqui a milénios, faço suposições absurdas (as piores), acho que tudo vai ser uma desgraça e que vou terminar com uma vida miserável. Como eu mudei! Há uns longos anos atrás, sempre sonhei alto, muuuitooo alto. Foi esse sonhar alto que me permitiu chegar até aqui, que me permitiu conhecer coisas, lugares, pessoas novas. Foi o arriscar, o lutar, o acreditar, o querer muito que me colocou nas mãos o que tenho hoje. E o que tenho hoje é aquilo que SOU, eu cresci, aprendi, vivi, senti, experimentei muitas coisas novas, tomei decisões, fiz escolhas, arquei com consequências, celebrei com serpentinas as vitórias e as alegrias e cheguei até aqui. Supostamente (realmente) chegar até aqui é bom. Mas eu preciso de mais. Tenho 23 anos e como qualquer jovem desta idade quer mais, mas para além de querer mais não quer, acima de tudo, retroceder na vida. Não quero voltar para casa dos pais. Não quero voltar a depender inteiramente deles. Não quero voltar para a terrinha. Não quero perder a cidade e tudo o que ela tem de melhor. Não quero perder os meus amigos. Não quero perder o que ganhei, o que me deram, o que me ensinaram. É compreensível, acho que qualquer um percebe e aceita isso. 
Mas ... o grande problema disto tudo tem a ver com laços, relações pessoais, afinidades, rotinas, hábitos, ligações!!! Dizem que quando casamos e constituímos família fica mais difícil aceitar qualquer trabalho em qualquer ponto do país ou do mundo. Porque há os filhos, o cônjuge, a nossa casa, a nossa rua, a nossa cama, o nosso sofá, o nosso quintal. Estabelecemos ligações fortes, a família é importante, sempre ouvimos dizer e sabemos disso, que isso é verdade.    
No caso específico que vos falo, não estabeleci ligações familiares, não constituí família e muito menos tive filhos. Mas criei ligações fortes, hábitos fortes, a minha personalidade e forma de estar demarcou-se. Criei ligações com pessoas que agora são realmente importantes para mim e quero que continuem a frequentar a minha casa, a jantar em minha casa, a chorar em minha casa, a rir em minha casa, a dormir em minha casa, a abrir vinho na minha casa, a tomar chá na minha casa, as horas não importam. Quero acordar e ser dona de mim, olhar a cidade ao amanhecer e vê-la ao anoitecer. Criei ligações com um lugar, um lugar que me deu pessoas especiais e importantes, um lugar que me ensinou tanto, que me deu tanto, um lugar onde eu cresci e aprendi, me transformei, limei arestas, evolui. Eu não quero retroceder. E neste país de loucos, nesta terra do nada, nesta Europa complicada, não há espaço para os meus sonhos? Para os meus projectos? Para a minha vida? Não há espaço para ser eu??? Não me tirem tudo o que consegui! Não me cortem já as asas! Quero ser criança a acreditar que tudo vai ficar BEM!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Agendas! Servem para alguma coisa?

Há uma altura da nossa vida em que queremos, juntamente com os materiais escolares para o novo ano lectivo, uma agenda! Para quê? Porque são giras, porque nos filmes pessoas importantes têm agendas, os médicos têm agendas, a esteticista tem agenda, o professor tem uma agenda, a administrativa tem uma agenda ... pessoas crescidas têm agendas! Mas no início a agenda serve apenas para isso mesmo, para nos alimentar o ego, para nos dar a sensação de que também temos uma "vida" tão repleta de eventos que precisamos de uma agenda. As minhas primeiras agendas tinham datas de testes: o de ciências, o de português, o de história, o de inglês, o de geografia. Tinha aniversários: do Manel, da Maria, do Zé, do primo mais novo, do tio que nunca vejo, da mãe e do pai, da avó, do cão e do gato. Tinha apontado as férias escolares, os dias em que se fazia ponte, as datas festivas, as festas, os jantares. Durante essa altura ter uma agenda não servia para muito mais. Os anos passam por nós, coisas acontecem sem que nos apercebamos disso, de repente a agenda torna-se aquela amiga inseparável. Nela já não constam datas de testes, de férias, de aniversários, de jantares com amigos. Agora consta nela a consulta do ginecologista, do nutricionista, do oftalmologista, do dermatologista, da esteticista, da cabeleireira.  O prazo em que se paga a casa, as propinas, a internet. O prazo para entregar aquele trabalho. O dia em que temos a reunião X, a reunião Y e a reunião Z. Apontamos os nomes de Doutores e Doutoras com quem temos de conversar. E não podemos esquecer de ligar ao sr. A porque o esquentador avariou, porque o gás acabou, nem podemos esquecer de ir às compras, de comprar comida paro o gato e marcar veterinário. Não podemos esquecer aquele café com aquela amiga com quem já marcámos 10256842 vezes mas nunca deu, hoje não dá para adiar. Não podemos esquecer de ligar ao pai e à mãe, de mandar melhoras à avó e de não faltar ao baptizado do primo. Não podemos esquecer de passar na loja a buscar aquela blusa que a irmã mandou guardar. Não podemos esquecer o despertador nem de carregar o telemóvel. Quando se cresce a vida fica mais madrasta que mãe! E se não fosse a minha agenda, a coisa não iria correr bem. Agora entendo!

domingo, 4 de setembro de 2011

Odeio! Detesto! Mexe-me com os Nervos!

Não sei se já vos aconteceu, aquele amigo fantástico, com quem falavam regularmente, com quem riam, com quem jantavam, com quem falavam de tudo e nada, de coisas importantes e de coisas completamente tolas. Estou a referir-me a amigos, não a paixonetas nem a interesses maiores que uma simples amizade: falo de amigos. Pois é, já tive (atenção ao tempo verbal!) um ou outro amigo desses. Daqueles que por vezes até me passava pela cabeça, se calhar poderem ser amigos para a vida, daqueles que mesmo quando já nos imaginamos grisalhos, com dores nos ossos, continuam a fazer parte da nossa vida. Daqueles amigos com quem imaginamos continuar a marcar cafés, copos, a ligar só porque sim, a mandar uma mensagem só porque sim. Estão a ver estes amigos? Possivelmente não estão bem a ver, porque ainda não terminei a história. Esses ricos amigos, esses fofinhos, encontram de repente, de um dia para o outro (que é assim que a notícia nos chega destas pessoas, de UM DIA PARA O OUTRO), uma namorada. Nós (amigos!), ficamos felizes, e fazemos brindes e festejamos e queremos conhecer a cara metade do nosso amigo. Ele pouco nos fala dela, parece pouco entusiasmado com tanta euforia... e desaparece (DE UM DIA PARA O OUTRO) da vida dos seus amigos. DE UM DIA PARA O OUTRO terminaram os telefonemas, as mensagens, os cafés, os jantares, os copos, as conversas, as gargalhadas, porque na vida do nosso amigo aconteceu UMA NAMORADA! Ficamos tristes, ficamos magoados, ressentidos, sentimo-nos enganados. Pensamos que se calhar não somos tão bons a avaliar pessoas quanto pensamos, sentimo-nos enxovalhados. Após uns meses a recuperar, a fazer o luto, depois de muitos dias de pensamentos interrogativos sobre o porquê de um amigo partir assim nem mais nem menos, a gente avança,esquece, temos outros amigos e a coisa passa.

E DE UM DIA PARA O OUTRO (com estes amigos, tudo passa a acontecer de um dia para o outro)...

há um nome no visor do telemóvel que nos diz qualquer coisa... é o nome daquele (ex)amigo. Entre a perplexidade  do acontecimento a chamada termina enquanto se fica incrédulo, atónito ... recebe-se uma mensagem, com o conteúdo mais natural do mundo, um conteúdo que parece ter resistido à passagem do tempo, a todo o desdém e insignificância que aquela amizade foi remetida:" Olá! :) Tudo bem? Tomamos um café para pôr a conversa em dia...?" E pensa-se: O queeee? Mas esta pessoa está bem? Enganou-se no remetente? Será que este drama foi tudo coisa da minha cabeça complicada de mulher? Mais mensagem menos mensagem em cinco minutos descobre-se que a namorada já era, neste momento o nosso amigo voltou porque está novamente como antes, isto é, sem namorada. Pois bem, meus caros... amigos destes não são AMIGOS! São simplesmente aquele tipo de gente que vale a pena descartar da nossa vida, tal como um dia fomos descartados. Para mim não há volta a dar...! E enganem-se aqueles que julgam que estou a exagerar, que isto é filme...
Amigos de verdade permanecem venham as namoradas que vieram, venham os cargos e os empregos novos, venha o dinheiro que vier... os amigos, daqueles bons, não são aqueles que abandonam, desistem, que não têm capacidade de gerir uma relação amorosa com as relações de amizade. Eu não quero ser uma amiga de ocasião. Por isso, não me mandem mensagens como se nada tivesse acontecido, a convidar para o que quer que seja, porque eu tenho boa memória para estas coisas, e não sirvo para ocupar o lugar vazio que uma namorada qualquer (que desconheço!) deixou por preencher!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O início

A ideia de criar um blog já vem de há muito tempo. Sempre fui uma pessoa que gosta de escrever, pelo simples prazer que isso me proporciona. Quando era mais pequenita, adorava cadernos, folhas brancas e perfeitas, o cheiro do papel em si... e poder depois, com toda a vontade do mundo, encher aquela folha com coisas minhas. A idade foi avançando e na adolescência o número de diários escritos é grande. De vez em quando ainda encontro meio perdidos por entre papéis e papelinhos, aqueles diários pirosos (em forma de coração, com cheiros, com florzinhas, com ursinhos e outros desenhos demasiado pirosos para uma pessoa agora no auge nos seus 23 anos achar decentes). Enfim, estética dos diários à parte, queria eu dizer que... sempre gostei muito de escrever. Quando entrei para a faculdade, os meus diários eram os cadernos/folhas de apontamentos, nas aulas mais entediantes rabiscava pequenas poesias, pequenas frases, pensamentos soltos, desabafos. Quando ia no autocarro, quando me sentava no jardim público... tudo era motivo para escrever. E gostava disso, era como se um peso me saísse de cima dos ombros e pudesse depois voltar a respirar tranquilamente. Sempre tive alguma dificuldade nos relacionamentos sociais, e talvez por isso tivesse desenvolvido este gosto pela escrita, o papel durante muito tempo era aquele amigo com quem não tinha coragem de falar na vida real.
Isto tudo para dizer que fruto da minha personalidade, das minhas anteriores dificuldades relacionais, a escrita era uma escape, era um contentor gigante onde eu deitava tudo aquilo que não queria em mim durante muito tempo porque me fazia sentir angustiada. Depois da fase do papel, aderi entusiasticamente às novas tecnologias e a folha branca em papel passou a ser substituída  pela folha branca do word. Passada essa fase... comecei o estágio, comecei a tese de mestrado, comecei um part-time que me matava os neurónios todos... e deixei de escrever, de ler, de fazer tudo aquilo que mantinha relativamente estável a minha sanidade mental.
HOJE FOI O DIA!
No meio da minha depressão matinal, da minha caminhada matinal, envolvida em pensamentos e sentimentos que matam pessoas, passo a citar: não tenho trabalho, não tenho a porcaria da filha da #&/# da tese terminada, não tenho casa, não tenho dinheiro, não tenho carro, sou um traste, uma pessoa com azar na vida, uma falhada... (o nome do blog não é à toaaaa!). Andei, a controlar as lágrimas que queriam saltar, juntamente com um aperto no peito que parecia que ia ter um colapso e pensei: rapariga! Como tu... há milhares. Raios partam se não arranjas maneira de te sentires melhor. Sendo eu amiga de andar a bisbilhotar blogs, ponderei que poderia realmente criar um blog. Assim sendo, voltava a escrever, ficava livre de pensamentos e sentimentos que não interessam nem ao Menino Jesus (porque deitava tudooooo para aqui) e pronto.
CÁ ESTÁ!
O blog está criado. Não sei  muito bem o que irei escrever nas próximas horas, dias, anos... nem sei  se sobreviverá muito tempo. Mas porra ... uma neurótica precisa desabafar e eu não tenho um chavo para me ir deitar no divã para um psicanalista ou um psicólogo me resolveram angústias, problemas com a mãe, com o namorado, com o gato, com a vizinha do lado e a amiga que é uma filha da mãe (atenção! não tenho problemas com esta gente toda, compreendam a perspectiva hiperbólica aqui da neurótica major) . Eu até queria, acho que seria muito giro e produtivo, mas não há como de repente tornar a minha conta bancária mais avolumada.
Já passaram pela fase dos 20-30 anos? Foi assim tão complicado tornar-se INDEPENDENTE? Arranjaram trabalhinho fácil? Tiveram medos? Pensaram que eram um erro da mãe natureza? Tiveram estaleca para levar com tiros nos escuro que às vezes somos obrigados a dar sem saber ao certo o que vai acontecer a seguir? Contem-me como foi.