domingo, 4 de setembro de 2011

Odeio! Detesto! Mexe-me com os Nervos!

Não sei se já vos aconteceu, aquele amigo fantástico, com quem falavam regularmente, com quem riam, com quem jantavam, com quem falavam de tudo e nada, de coisas importantes e de coisas completamente tolas. Estou a referir-me a amigos, não a paixonetas nem a interesses maiores que uma simples amizade: falo de amigos. Pois é, já tive (atenção ao tempo verbal!) um ou outro amigo desses. Daqueles que por vezes até me passava pela cabeça, se calhar poderem ser amigos para a vida, daqueles que mesmo quando já nos imaginamos grisalhos, com dores nos ossos, continuam a fazer parte da nossa vida. Daqueles amigos com quem imaginamos continuar a marcar cafés, copos, a ligar só porque sim, a mandar uma mensagem só porque sim. Estão a ver estes amigos? Possivelmente não estão bem a ver, porque ainda não terminei a história. Esses ricos amigos, esses fofinhos, encontram de repente, de um dia para o outro (que é assim que a notícia nos chega destas pessoas, de UM DIA PARA O OUTRO), uma namorada. Nós (amigos!), ficamos felizes, e fazemos brindes e festejamos e queremos conhecer a cara metade do nosso amigo. Ele pouco nos fala dela, parece pouco entusiasmado com tanta euforia... e desaparece (DE UM DIA PARA O OUTRO) da vida dos seus amigos. DE UM DIA PARA O OUTRO terminaram os telefonemas, as mensagens, os cafés, os jantares, os copos, as conversas, as gargalhadas, porque na vida do nosso amigo aconteceu UMA NAMORADA! Ficamos tristes, ficamos magoados, ressentidos, sentimo-nos enganados. Pensamos que se calhar não somos tão bons a avaliar pessoas quanto pensamos, sentimo-nos enxovalhados. Após uns meses a recuperar, a fazer o luto, depois de muitos dias de pensamentos interrogativos sobre o porquê de um amigo partir assim nem mais nem menos, a gente avança,esquece, temos outros amigos e a coisa passa.

E DE UM DIA PARA O OUTRO (com estes amigos, tudo passa a acontecer de um dia para o outro)...

há um nome no visor do telemóvel que nos diz qualquer coisa... é o nome daquele (ex)amigo. Entre a perplexidade  do acontecimento a chamada termina enquanto se fica incrédulo, atónito ... recebe-se uma mensagem, com o conteúdo mais natural do mundo, um conteúdo que parece ter resistido à passagem do tempo, a todo o desdém e insignificância que aquela amizade foi remetida:" Olá! :) Tudo bem? Tomamos um café para pôr a conversa em dia...?" E pensa-se: O queeee? Mas esta pessoa está bem? Enganou-se no remetente? Será que este drama foi tudo coisa da minha cabeça complicada de mulher? Mais mensagem menos mensagem em cinco minutos descobre-se que a namorada já era, neste momento o nosso amigo voltou porque está novamente como antes, isto é, sem namorada. Pois bem, meus caros... amigos destes não são AMIGOS! São simplesmente aquele tipo de gente que vale a pena descartar da nossa vida, tal como um dia fomos descartados. Para mim não há volta a dar...! E enganem-se aqueles que julgam que estou a exagerar, que isto é filme...
Amigos de verdade permanecem venham as namoradas que vieram, venham os cargos e os empregos novos, venha o dinheiro que vier... os amigos, daqueles bons, não são aqueles que abandonam, desistem, que não têm capacidade de gerir uma relação amorosa com as relações de amizade. Eu não quero ser uma amiga de ocasião. Por isso, não me mandem mensagens como se nada tivesse acontecido, a convidar para o que quer que seja, porque eu tenho boa memória para estas coisas, e não sirvo para ocupar o lugar vazio que uma namorada qualquer (que desconheço!) deixou por preencher!

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